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27 de Junho de 2024
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    NO RIO, TIM SOBE O MORRO ATRÁS DE CLIENTE

    Publicado por LegisCenter
    há 13 anos
    Após vender frango assado e cheeseburguer na Grota, no conjunto de favelas do Complexo do Alemão, no Rio, José Antonio Braz, o 'Toninho', há sete anos juntou as economias, fez um curso e abriu uma pequena loja para desbloquear e consertar telefones celulares. Como não tinha letreiro, um amigo lhe deu um cartaz da TIM, que ele instalou no alto da porta de entrada.

    Há dois anos, uma equipe da operadora foi ao Alemão. Tinha o desafio de fazer crescer a penetração do serviço no Rio. Com o crescente aumento do poder aquisitivo da população de baixa renda brasileira, um dos caminhos definidos era o de buscar clientes nas favelas cariocas. Há mais de 70 mil moradores no complexo, que reúne 13 favelas na Zona Norte do Rio.

    Na ocasião, os tempos eram de violência explícita, domínio dos traficantes de drogas e, para abrir qualquer negócio, a regra norteava o ponto de partida via associação de moradores. Antes de chegar ao destino, o grupo deparou-se com o cartaz escrito "TIM", na loja do Toninho. A parada foi obrigatória e ali começou a nascer uma parceria.

    Toninho vende 15 mil chips por mês e abastece mais de 500 pontos de venda, de biroscas a casas de jogos de loteria e pequenos estabelecimentos comerciais. O empresário conta que em favela não adianta espalhar cartazes informando as ofertas. Ele sempre tem alto-falante na porta da sua loja para o morador prestar atenção no que ele tem a oferecer. Os telefones mais procurados, segundo ele, custam na faixa de R$ 200 a R$ 300. Além disso, 60% dos compradores procuram por acesso a internet.

    "Fica mais barato ter um celular com acesso a internet do que ir a uma 'lan house'. Muita gente que não tem computador opta pelo telefone", diz Suelen Braz, sobrinha de Toninho e gerente da loja na Grota. Ela conta que há clientes que chegam a usar cinco celulares diferentes, ou por status ou beneficiando-se das promoções das operadoras, e que até crianças com sete anos já tem um aparelho.

    Toninho informa que emprega 25 pessoas em uma distribuidora de chips e cartões de recarga no Alemão, e também em quatro lojas (duas em shoppings e uma em comunidade no município de São Gonçalo).

    Caminhando pela via principal de entrada da Grota, com a discreta companhia de dois funcionários da revenda, o diretor de marketing da TIM, Lorenzo Lindner, lembra que o movimento de uso do celular para acesso à internet é uma tendência crescente. Atualmente, a cada cem celulares vendidos pela TIM, 60% são smartphones, ante 25% no ano passado.

    A TIM tem-se esforçado para conquistar os moradores de 169 favelas cariocas, onde conta com 1.140 pontos de venda. Promove festas de Natal, Juninas, no Dia das Crianças, shows e tem nas emissoras de rádio locais propaganda voltada para aquele público.

    A operadora fez parceria com a Supervia para venda dentro dos trens que vão para os subúrbios do Rio e Baixada Fluminense. Há vendedores nos vagões, os quais têm cartazes colados anunciando novas ofertas. Com a ação, o número de clientes entre os passageiros foi triplicado.

    A estratégia para conquista de novos usuários acaba de estender-se ao patrocínio da estação dos teleféricos do Alemão, que passará a se chamar Estação TIM Bonsucesso, a partir de setembro. Nas instalações, haverá carregadores de celular (nos moldes dos aeroportos) e rede Wi-Fi para acesso sem fio a internet.

    Em novembro, o Complexo do Alemão foi ocupado pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Mas Lindner diz que operadora vem conseguindo ganhar espaço, inclusive nas favelas ainda dominadas pelo tráfico de drogas. A Rocinha é uma delas. Além disso, trocadores vendem chips e recargas em 90 vans filiadas a quatro cooperativas da comunidade.

    Em setembro, a TIM lançará uma nova campanha institucional. Serão cinco filmes veiculados em rede nacional. Um deles, com foco em web, terá como fio condutor um jovem morador do Complexo do Alemão e criador do jornal "A Voz da Comunidade", René Silva, identificado como liderança local. A operadora fez parceria com 36 emissoras de rádio e TVs comunitárias. Em junho do ano passado, a TIM tinha 14,8% de participação de mercado no Estado do Rio; hoje são 17,8%. No mesmo mês, no chamado Grande Rio, a empresa contava com 2,8 milhões de clientes.

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