Greve dos bancários continua por tempo indeterminado
A greve dos bancários atinge mais de 6 mil agências em todo o país. Com a eleição presidencial indo para o segundo turno, a categoria está disposta a pressionar o governo para que suas reivindicações sejam atendidas. A conquista do BRB (Banco Regional de Brasília) também impulsiona os grevistas.
Durante assembleia realizada na terça, 05, os trabalhadores decidiram manter a greve por tempo indeterminado, forçar o fim da mesa única da Fenaban e ter como proposta o índice de 12% (o mesmo concedido ao BRB). Outra reivindicação é pela isonomia e reposição das perdas salariais. A categoria cobra dos dirigentes sindicais que a isonomia seja reivindicada de maneira incisiva e que a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) não seja o centro das negociações.
Os bancários do Banco Regional de Brasília (BRB) arrancaram numa negociação específica reajuste salarial de 12%. A proposta ainda abrange 20,9% sobre a gratificação de caixa, 7% para as funções gratificadas e para o Vale-refeição e reivindicações relacionadas à isonomia como o direito a 35 dias de férias para os oriundos de outras empresas incorporadas, a extensão do anuênio para os contratados a partir de 2000 e a garantia de emprego a todos os funcionários, previsto no regulamento pessoal.
Outro aspecto importante do desfecho dessa negociação para a greve da categoria é o fato de ter ocorrido por meio de negociação específica com o banco, o que também é defendido pelo MNOB, acabando de vez com a mesa única de negociações, comandada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária), ligado a CSP-CONLUTAS, argumenta que o momento para conquistar um bom reajuste é agora. Com uma greve forte e com a situação política do país, não poderia haver nada melhor para nós bancários, diz Wilson Ribeiro.
A paralisação dos bancos federais em nível nacional e em São Paulo é muito forte. Nos bancos privados a adesão também é intensa, principalmente nas agências, porém segundo informações do MNOB a repressão é muito forte. Os bancos estão conseguindo o Interdito Proibitório e impedindo que os sindicatos consigam atuar para mobilizar a categoria.
Fonte: Sintrajud
Postado por Luiz Perlato, assessor de imprensa/Sindijufe/MT
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